sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Muitos são devotos de SÃO SEBASTIÃO no Brasil
Multidões o aclamam e o veneram no dia 20 de janeiro(dedicado em sua homenagem). Porém,poucos conhecem de fato a sua verdadeira história.
Você sabe:
1.Quando e onde nasceu São Sebastião?
2.Qual era sua profissão?
3.Por qual motivo foi flechado?
4.Que lição de vida deixou para todos nós?
Se não sabe as respostas a estas perguntas,então nos acompanhe nesta empolgante viagem ao passado,e conheça um pouco mais sobre esta importante figura chamada SÃO SEBASTIÃO.
SÃO SEBASTIÃO nasceu em Narbonna em 250d.c.,e morreu em 288d.c.em Roma. Era um valente soldado,tendo ingressado no exército com cerca de 19 anos de idade. Sua fama de bom soldado era tamanha que tornou-se estimado pelos imperadores Diocleciano e Maximiano; tanto que confiaram o comando do primeiro exército pretoriano a ele. Era sem dúvida nenhuma um soldado exemplar! Mas se era tão querido e exemplar, então por que o mataram?
Sebastião vivia num tempo em que era proibido confessar ser seguidor de JESUS .Os soldados prendiam sem dó nem piedade os cristãos. Acontece que Sebastião era um cristão, e imperador
Não sabia disso. E Sebastião ajudou tanto aos demais cristão que foi conhecido depois o DEFENSOR DA IGREJA. A atuação de Sebastião nesse sentido consistia principalmente em confortar os cristão que eram perseguidos,e especialmente os que padeciam no martírio.
Até mesmo pessoas em altos postos no sistema carcerário romano se converteram à fé em JESUS por meio do seu testemunho.
Então,Sebastião foi denunciado ao imperador Diocleciano que ficou indignado,irado,pois o homem em quem pusera sua confiança era um cristão (e cristão de ação!);e o condenou à morte. Levaram-no para um campo aberto,e os arqueiros da Mauritânia o flecharam. Dando-o por morto,abandonaram-no preso a uma árvore.
Como Deus não abandona os seus servos, Sebastião por um milagre,resistiu às flechadas e sobreviveu. Não muito depois,foi encontrado por uma piedosa viúva,que cuidou de suas feridas. Após sua recuperação,o valente Sebastião se apresentou ao imperador Diocleciano, censurando-o por sua crueldade e exortando-o a deixar de adorar os falsos deuses,mediante suas imagens de escultura. O imperador ficou estarrecido ao ver em sua presença aquele que cria estar morto. Preso novamente foi açoitado até morrer.
Prezado amigo, SÃO SEBASTIÃO é, sem sombra de dúvidas, um exemplo a ser seguido por todos nós. Por JESUS ele viveu e morreu. Muitas pessoas conheceram o amor de Deus,manifestando em JESUS,por intermédio da pregação desse jovem soldado romano. E o que ele tanto desejava era que o imperador e todas as pessoas do mundo abandonassem a idolatria e adorassem somente a Deus. Ele sabia que as imagens usadas na adoração pelo imperador e pelos demais eram contrárias à vontade de Deus. Pois,diz a Bíblia no Salmo 135:15-17:”Os ídolos das nações são prata e ouro,obras de mãos humanas:têm boca,mas não falam; têm olhos,mas não vêem;têm ouvidos,mas não ouvem;não há um sopro sequer em sua boca. Os que os fazem ficam como eles,todos aqueles que neles confiam.”A Bíblia também diz o seguinte sobre as imagens/ídolos:”Eles não podem falar;devem ser carregados,porque não podem caminhar!Não tenhais medo deles,porque não podem fazer o mal e nem o bem tampouco.”(Jeremias 10:5).Por isso,o primeiro Mandamento declara: “Não farás para ti imagem esculpida,nem figura alguma do que há em cima do céu,nem embaixo na terra,nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas,nem as servirás;porque eu, o SENHOR teu Deus,sou Deus zeloso.”(Êxodo 20:4,5).
Sim, SÃO SEBASTIÃO viveu uma vida digna de ser imitada por todo o mundo,inclusive por VOCÊ. Por que você não toma agora a decisão de ser também como ele? VOCÊ acha que SÃO SEBASTIÃO ficaria contente de ver pessoas hoje se ajoelhando,fazendo pedidos,beijando ou carregando alguma imagem? VOCÊ acha que ele,conhecendo os Mandamentos de Deus,cometeria esses atos de idolatria?
PENSE NISSO!
O nosso povo vive cheio de crendices e superstições em busca de algo que possa preencher o vazio do seu coração. Homens e mulheres sem razão para viver. Desesperados,entregam-se aos prazeres,vícios,ocultismo e idolatria.
Há somente uma resposta para os anseios e problemas da alma – JESUS Salvador – em quem todos os mártires cristãos criam(incluindo Sebastião) e milhões de pessoas hoje crêem,e desfrutam da perfeita paz e alegria que só JESUS pode dar.
Resolva abandonar o pecado,a superstição,a crendice,a idolatria. Confie no JESUS que venceu a morte e o diabo por você. Ele lhe oferece vida abundante e paz real.
“Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo,e aprendei de mim,que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas”(Mateus,11:28,29)


Postado por Ap. Marcio Almeida./ Comunidade Apostólica Terra de Vitórias em  Pavuna

 Angeolologia

Razoável é que haja uma escala ascendente da vida, desde o homem subindo para Deus, tanto como há uma escala descendente da vida, do homem para baixo. Uma contemplação da vastidão e da maravilha deste universo pode bem levantar a pergunta: É o homem a única criatura que "tem uma mente apreciar e contemplar este favor de Deus" e para louvá-Lo por isso? Sem a Bíblia seriamos deixados em cega conjetura, mais, nela, temos clara revelação de uma ordem de seres acima do homem, de ordens e graus existentes e ascendentes, chamados anjos.
I. A NATUREZA DOS ANJOS
1. SÃO SERES CRIADOS.
No Salmos 148:1-5 os anjos estão entre as entidades exortadas a louvarem o Senhor na base que "Ele mandou e eles foram criados". Que os anjos foram seres criados está bem provado em Colossenses 1:16, que diz: "Porque nEle foram criados todas as coisas, nos céus e sobre a terra, visíveis e invisíveis, quer sejam tronos ou domínios ou principalidades ou potestades".
2. ELES SÃO ESPIRITOS PUROS.
Não queremos dizer aqui que todos os anjos são sem pecado; porque, como veremos mais tarde, alguns são maus. O que queremos dizer é que a natureza dos anjos é espírito não misturado com materialidade. Os anjos não possuem corpos como parte do seu ser, mesmo que ainda assumam corpos para a execução de certos propósitos de Deus, como em Gênesis 19. Afirmamos que os anjos são espíritos puros porque, em Hebreus 1:14, são chamados espíritos. O homem não é nunca designado assim inqualificadamente. Cristo disse que "um espírito não tem carne e ossos" (Lucas 24:39).
3. ELES CONSTITUEM UMA ORDEM DE CRIATURAS MAIS ELEVADAS QUE O HOMEM.
Do homem se diz que ele foi feito "um pouco menor do que os anjos" (Hebreus 2:7). Dos anjos se diz serem maiores do que o homem em poder (2 Pedro 2:11). O seu poder superior está implicado também em Mateus 26:53; 28:2; 2 Tessalonicenses 1:7. Contudo, os anjos são servos ministrantes dos crentes (Hebreus 1:14) e pelos crentes serão julgados (1 Coríntios 6:3). Este último fato parecia indicar que o homem, ainda que agora inferior em natureza aos anjos será depois, no seu estado glorificado, como um troféu da graça redentora de Deus, exaltado com Cristo bem acima dos anjos (Efésios 1:20,21; Filipenses 2:6-9).
4. ELES NÃO TÊM SEXO. Mateus 22:30 declara-se que os anjos não casam, o que os prova sem sexo. "Filhos de Deus" em Gênesis 6:2 não são anjos, mas descendentes de Sete: os verdadeiros adoradores de Deus, como diferençados dos descendentes de Caim.
5. ELES SÃO IMORTAIS.
Judas 6 declara que os anjos não podem morrer, o que significa que eles não podem cessar de existir.
II. CLASSES DE ANJOS
Os anjos consistem em anjos eleitos e anjos decaídos. As seguintes passagens aludem a estas duas classes e as seguintes:
"Conjuro-te diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo e dos anjos eleitos que, sem prejuízo algum guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade" (1 Timóteo 5:21).
"Deus não poupou os anjos quando eles pecaram, mas os lançou no inferno, entregou-os às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo" (2 Pedro 2:4).
"Mas aos anjos que não guardaram sua principalidade, mas deixaram sua própria habitação, reservou debaixo da escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia" (Judas 6).
Os anjos eleitos são aqueles a quem Deus escolheu para conservar em santidade. Os outros, permitiu que caíssem, e para eles não se proveu nenhuma redenção ou possibilidade de escapula.
III. ORGANIZAÇÃO, ORDENS E GRAUS ENTRE OS ANJOS
Em Judas 9 temos Miguel mencionado como um arcanjo. Vide Também 1 Tessalonicenses 4:16. "Arcanjo" significa o chefe dos anjos. Gabriel também parece ocupar um lugar relativamente alto entre os anjos. Vide Daniel 8:16; 9:16,21; Lucas 1:19.
A menção de tronos, domínios, principalidades e potestades entre as coisas invisíveis, em Colossenses 1:16, implica graus e organização entre os anjos. E em Efésios 1:21 e 3:10 temos a menção de regime, autoridade, potestade e domínio nos lugares celestiais. Das ordens nomeadas em Colossenses 1:16, E. C. Dargan, no seu comentário, representa "tronos" como "sendo o mais elevado, próximo a Deus e assim chamados, tanto por estarem perto de Deus e sustentarem o trono de Deus como por sentarem eles mesmos sobre tronos aproximando-se mais perto de Deus em glória e dignidade; depois "domínios", ou senhorios, aqueles que exercem poder ou senhorio sobre os inferiores ou homens; depois "principalidades", ou "principados", os de dignidade principesca; finalmente, "potestades", ou autoridades, aqueles que exercem poder ou autoridade sobre a ordem angélica mais baixa, logo acima do homem".
Consideramos mais satisfatório observar os "querubins" de Gênesis, Êxodo e Ezequiel, com os quais identificaríamos também os "serafins" de Isaias e as criaturas viventes do Apocalipse, não como seres atuais senão como aparências simbólicas, ilustrando verdades da atividade e do governo divino. As criaturas viventes do Apocalipse parece simbolizarem o louvor da criação inferior de Deus por causa deles serem "livrados do cativeiro da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Romanos 8:21). Os vinte e quatro anciãos associados às criaturas viventes parecem representar a humanidade redimida. E bom é notar que as criaturas viventes não se incluem entre aqueles redimidos para Deus. Essas, como representativas da criação inferior dando louvor a Deus, cumprem o Salmos 145:10, que diz: "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor".
IV. OS ANJOS NÃO SÃO PARA SEREM LOUVADOS
"E quando ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrava estas coisas, para o adorar: e ele disse-me: "Olha não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos os profetas e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus" (Apoc. 22:8,9).
Isto está também condenado em Colossenses 2:18.
V. O EMPREGO DOS ANJOS
1. DE ANJOS SANTOS.
(1) Eles louvam ao Senhor e cumprem os Seus mandamentos.
Salmos 103:20; 148:2.

(2) Eles regozijam-se com a salvação dos homens.
Lucas 15:7,10

(3) Eles ministram aos herdeiros da salvação.
Hebreus 1:14; 1 Reis 19:5-8; Daniel 6:22; Salmos 34:7; 91:11,12; Atos 12:8-11.

(4) Eles são mensageiros de Deus aos homens.
Gênesis 19:1-13; Números 23:25; Mateus 1:20; 2:13,19,20; Lucas 1:11-13-19; Atos 8:26; 10:3-6; 27:23,24.

(5) Eles executam o propósito de Deus.
2 Samuel 24:16; 2 Reis 19:25; 2 Crônicas 32:21; Salmos 35:5,6; Mateus 13:41,42; 13:49,50; 24:31; Atos 12:23; Apocalipse 7:1,2; 9:15; 15:1.

(6) Eles deram a Lei.
Atos 7:53; Gálatas 3:19; Hebreus 2:2.

(7) Eles ministraram a Cristo.
Mateus 4:11; Lucas 22:43.

(8) Eles acompanharão Cristo na Sua segunda vinda.
Mateus 25:31,32; 2 Tessalonicenses 1:7,8.

(9) Eles estão presentes nos cultos da igreja.
1 Coríntios 11:10.

(10) Eles têm grande interesse na verdade divina e aprendem por meio da igreja.
1 Pedro 1:12; Efésios 3:10.

Não há nada supra para mostrar que há uma intervenção constante de anjos entre Deus e o homem. Eles não são em sentido algum constituídos regularmente mediadores entre Deus e o homem. Sua intervenção é ocasional e excepcional; sua atividade está sujeita à ordem e permissão de Deus.
Mas é evidente que o crente comum não tem ligado importância suficiente ao ministério dos anjos. Todavia, doutro lado, a noção de um anjo da guarda especial para cada individuo não encontra fundamente na Escritura. Diz J. P. Boyce:
"Guiados por fábulas rabínicas e guiados pelas idéias peculiares da filosofia oriental, alguns têm concebido que sobre cada pessoa nesta vida um anjo vigia para guardá-la e protegê-la do mal. Esta teoria de anjo da guarda tem sido sustentada de várias formas. Uns confinaram sua presença aos bons; outros a estenderam também aos ímpios; alguns supuseram dois em vez de um anjo, - um bom e outro mau. Do mesmo modo a teoria tem sido sustentada de anjos da guarda sobre nações; uns limitando-a a boas nações, outros estendendo-a a todas. Que tais idéias existiam entre os judeus e que prevaleceram também entre os cristãos primitivos, pode admitir-se; mas autoridade escriturística para elas falta" (Abstract of Systematic Theology, pág. 179).
Há, realmente, apenas duas passagens que sugerem mesmo esta doutrina de um anjo da guarda para cada individuo, que são Mateus 18:10 e Atos 12:15. Sobre Mateus 18:10 diz John A. Broadus: "Não há garantia suficiente aqui para a noção popular de "anjos da guarda", um anjo especialmente designado para cada individuo; diz-se simplesmente, de crentes como uma classe, que há anjos que são seus anjos, mas nada há aqui ou noutro lugar que mostre ter um anjo o cargo especial de um crente". (Commentary on Mathew).
Em Atos 12:15 diz H. B. Hackett: "Foi crença comum entre os judeus, diz Lightfoot, que cada individuo tem um anjo da guarda e que este anjo pode assumir uma aparência visível semelhante à da pessoa cujo destino lhe é cometido. Esta idéia aparece aqui, não como uma doutrina das Escrituras senão como uma opinião popular que não é afirmada nem negada" (Comentary on Acts). Sobre esta passagem Broadus também diz: "Os discípulos que estavam orando por Pedro durante sua prisão, quando a menina insistiu em que Pedro estava à porta, saltaram logo a conclusão que Pedro fora executado e o que se dizia ser ele era "seu anjo" (Atos 12:15), segundo a noção que o anjo da guarda de um homem estava apto a aparecer com a sua forma e sua voz aos amigos logo após sua morte; mas as idéias desses discípulos estavam errôneas em muitos pontos e não são autoridade para nós a menos que inspirada".
Encerramos o assunto com mais este comento de Broadus: "Não pode ser positivamente assegurado que a idéia de anjos da guarda seja um erro, mas não há passagem que prove ser verdadeira e as passagens que podiam meramente ser entendidas dessa maneira não bastam como base de uma doutrina".
2. DOS ANJOS MAUS.
A obra dos anjos maus será considerada mais extensivamente no próximo capítulo, o qual trata de Satanás, seu regente e guia. Basta dizer aqui que os espíritos ou anjos maus combatem contra Deus e Seus santos. Vê-se isto em Efésios 6:12 e na possessão demoníaca nos primeiros tempos do Novo Testamento.
Quanto à possessão demoníaca, precisa de ser dito que o que se registra é claríssimo e decisivo para admitir-se uma simples acomodação da parte de Cristo e dos apóstolos às noções populares mas errôneas dos judeus. É muito provável, contudo, que a possessão demoníaca foi mais comum no tempo do ministério terreno de Cristo do que agora. Isso podemos ver segundo o arquivo, que era mais prevalecente no princípio do que nos últimos tempos do Novo Testamento, ainda que não fosse inteiramente ausente nos últimos tempos do Novo Testamento (Atos 16:16-18); e provavelmente não é ausente hoje. Alguns médicos hoje crêem que algumas experiências e ações dos loucos são melhor explicadas pela suposição de a mente do paciente estar sob o controle de um poder estranho. J. P. Boyce dá uma boa razão da maior prevalência de possessão demoníaca nos tempos do ministério terreno de Cristo: "A grande batalha estava para se ferir entre Cristo e Satanás e liberdade incomum foi sem duvida concedida ao Diabo e seus ajudantes".
 

Apostila Setes
Teologia Sistemática

POSTADO POR : APOSTOLO MARCIO DE ALMEIDA/COMUNIDADE APOSTOLICA TERRA DE VITÓRIAS EM PAVUNA

DÍZIMOS

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.”  
Ml 3.10, 11 e 12
O Dízimo foi instituído por Deus, as primeiras citações referem-se ao período patriarcal, a Palavra mostra-nos Abrão (“E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” Gn 14.20) e Jacó (“e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.” Gn 28.22) como observadores desta prática. Posteriormente, com a Eleição de Israel como povo de Deus, tornou-se um mandamento. O dízimo era uma prática comum antes da Lei, durante a Lei e um modelo que pode ser observado por nós, os que vivemos nós.
O Novo Testamento deixa claro que o Senhor Jesus reconhecia o dízimo como um mandamento válido aos Israelitas, inclusive, era judeu e nascido sob a Lei ("Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei," Gl 4.4), com a missão de cumpri-la ("Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra." Mt 5.17,18).

Jesus não determinou de forma direta a obrigatoriedade em dar-se “os dízimos” aos participantes da Nova Aliança, no entanto, este costume é citado algumas vezes no Novo Testamento.
A igreja de Cristo precisa entender que os dízimos são uma forma de "oferta" agradável a Deus e necessário para suprir as necessidades da Obra, tanto na evangelização como na manutenção de templos.
O DÍZIMO NOS DIAS DO ANTIGO TESTAMENTO
a) Abraão dizimou:"E de tudo lhe deu Abrão o dízimo." Gn 14.20
Abraão ao regressar da vitória sobre os reis inimigos, deu a Melquisedeque, sacerdote de Deus e rei de Salém, o dízimo de tudo que possuía e despojos da vitória.

b) Jacó movido a dar o dízimo:"...de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo." Gn 28.22
c) Na  Lei Mosaica."A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a ele." Lv 27.30 e
"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo." Dt 14.22
O OBJETIVO DO DÍZIMO
O dízimo era usado para o sustento dos Levitas, ("Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação. E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por suas faltas; estatuto perpétuo é este para todas as vossas gerações. E não terão eles nenhuma herança no meio dos filhos de Israel. Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao SENHOR em oferta, dei-os por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis." Nm 18.21-24) e dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas ("Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem." Dt 14.28-29).
Em nosso dias, observamos o modelo deixado no Antigo Testamento, para ofertarmos a Deus, suprindo assim as necessidades da igreja na obra de evangelização e manutenção de templos e despesas com o sacerdócio. Deve-se entregá-lo no local definido por Deus, geralmente, a Igreja na qual congregamos e ou Ministérios envolvidos com a Obra do Pai.
É lamentável a constatação que o “dinheiro do Senhor” é usado por alguns líderes para a sua satisfação pessoal, bem como, aplicado em “situações” que não beneficiam a Obra do Senhor. Estes prestarão contas a Deus por suas ações pecaminosas.
O DÍZIMO NOS DIAS DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento não faz profundas referências a respeito do tema, mas, movidos pelo Espírito Santo, compreendemos que é bom e agradável dizimarmos a Deus.
Paulo, dirigindo-se às igrejas ensina que deveriam fazer coletas, nas quais os servos dariam segundo a sua prosperidade ("Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." 1Co 16.1-2).
É uma ação de amor, generosidade e alegria ("E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre." 2Co 9.6-9).
As ofertas eram segundo as posses da cada um. Este é o mesmo entendimento para o dízimo hoje, uma doação à igreja de ofertas agradáveis, que devem ser usadas na manutenção do templo, missões e no auxilio aos irmãos mais carentes, ligados ou não à denominação, afinal, no Reino não há denominações.
É inaceitável que as igrejas (instituições) guardem o dinheiro do Senhor (poupança e aplicações financeiras diversas) enquanto há tantos irmãos, frentes missionárias, ministérios, etc. necessitados de recursos financeiro para a pregação do evangelho.
Usa-se como parâmetro para as ofertas atuais décima parte dos rendimentos (salário, retiradas, etc), no entanto, não é uma obrigação usar a calculadora, oferte com liberalidade.
Em nossos dias o ato de dizimar e ou ofertar estão desgastados; é visto pela sociedade como um meio de explorar a fé dos mais simples. Esta visão deturpada nasceu em decorrência dos exageros praticados por pregadores que não observam os princípios de Deus em suas vidas, e literalmente roubam os servos ao fazerem promessas mirabolantes de riquezas e prosperidades advindas da entrega do dízimo.
O Apostolo Paulo, escreveu uma carta à igreja de Corinto, na qual diz:
“O homem natural não aceita as cousas do Espírito... pois lhe é loucura; e jamais pode entendê-las.” 1Co 2.14
O dízimo é uma bênção àqueles que nasceram de novo e são movidos pelo Espírito de Deus em todas as situações. O homem natural (em pecado) não entende estas coisas e são tomados por questionamentos diversos, usando-os como base, não aceitam a nosso ato de alegria que leva-nos a reservar partes dos rendimentos para o Senhor e disponibilizá-los na forma de dízimos e ofertas.
Inclusive é comum ao “homem natural” questionamentos tais como:
. Deus não precisa de dinheiro!
. Deus é dono de tudo!
. Não vou encher a barriga de pastor!
. Ganho pouco, e sou pobre!
. Não sobra para o dízimo!
. Tenho escola das crianças, e muitas despesas!
. Isto é para os ricos!
. etc.
São homens que ainda não entregaram verdadeiramente suas vidas nas mãos do Senhor, são “naturais” e não conseguem enxergar com os olhos do Espírito a vontade de Deus para a vida de seus escolhidos, ao eleger-nos como provedores de Sua Obra.

Jesus literalmente afirma: “ Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Lc 14.33
Esta é a principal condição exigida aos servos, a renúncia. Quando renunciamos a princípios, pensamentos, finanças, conhecimento, sabedoria e até a razão; nos tornamos “barro na mão do Oleiro” e somos reconstruídos com as qualidades comuns a Cristo. Estas “novas criaturas” são tomadas pelo Espírito Santo e as “coisas espirituais” afloram em atos e ações.
O DÍZIMO NOS DIAS ATUAIS
É sábio devolvermos a Deus os dízimos e ou ofertas, observando os preceitos bíblicos, décima parte, fazendo-o de forma voluntária e com satisfação no coração. Jamais com o sentimento de coação.
Dar Voluntariamente "...vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao SENHOR." Lv 23.38
O dizimar era uma obrigação de cada israelita, mas, o desejo de ofertar deveria nascer no interior do coração, marcado por gratidão e alegria, uma ação voluntária, através da qual o Eterno era adorado. Assim devemos agir, não constrangidos por uma obrigação, mas, com prazer e alegria, pois é do Senhor e é para o Senhor.

Vida Santa, uma condição
"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." Mt 5.23,24

A Santidade é uma condição especial, ela gera comunhão e intimidade com o Pai. Antes de trazermos as nossas ofertas ao Senhor, é necessário fazermos um "balanço" e confessarmos pecados e acertarmos todas situações que destoam da vontade de Deus.
Uma Gratidão."Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo; invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás." Sl 50.14,15

As ações, dizimar e ofertar é uma demonstração que reconhecemos a soberania de Deus e o cuidado que Ele tem para conosco, abençoando-nos no cotidiano em todos os aspectos de nossa existência.
OS FIÉIS SÃO ABENÇOADOS
Quando os servos movidos pelo amor a Deus entregam os dízimos com alegria, tornam-se detentores da promessa de Deus. Ele afirma: “...e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.”  Ml 3.10
a) Derramarei Bênçãos sem Medidas.
É preciso que a nossa visão, inicialmente seja espiritual, esta é a visão que verdadeiramente nos interessa. Não devemos dizimar interessados em recompensas materiais. O sentimento que deve nos mover a entregar os dízimos é o amor a Deus. E o Eterno em sua misericórdia recompensará, não necessariamente com prosperidade, mas, possivelmente com a melhor das bênçãos a espiritual e a possibilidade de fazer a Sua Obra.
Lembre-se:
"Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo." Lc 14.33

b) Vossa vide não será estéril.
Existe a benção de prosperidade prometida aos fieis. Deve-se esperá-la, jamais buscá-la. Pois há tempo para todas as coisas, e o Senhor conhece as necessidades de cada um. A preocupação deve estar em conservar uma vida santa, reta e justa diante de Deus.
c) As Nações vos chamarão de felizes.
Como é bom encontrar um servo fiel, sempre feliz, um rosto formoso que resplandece a paz de Cristo, mesmo em meio às muitas lutas e dificuldades. São estes os fieis do Senhor, que triunfam e voam como águias (Is 40.31) acima de todas as dificuldades. São agraciados com o derramar de bênçãos sem medidas.
d) Para que haja mantimento.Quando há fidelidade nos dízimos, a Casa do Senhor é agraciada com recursos que serão usados na pregação do Evangelho, abençoando missões, ministérios e também, o social, vestindo aos irmãos necessitados.
Deus é fiel, honra a Suas promessas; nossa obrigação é sermos fieis, honrarmos ao Eterno em todas as áreas da vida, quando O honramos com os dízimos e ou ofertas tornamo-nos mais próximos do Pai e somos habilitados a recebermos as bênçãos divinas.


ESCRITO POR : APOSTOLO MÁRCIO DE ALMEIDA / COMUNIDADE APOSTOLICA TERRA DE VITÓRIAS EM PAVUNA-RJ.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Festas Bíblicas (Hag) Festa, Festa Religiosa

(Hagag) é um verbo que significa: "Festejar" deriva provavelmente da raiz "houng" que
significa "círculo", de onde vem a idéia de fazer uma roda, dançar evocando o rito das
danças Sagradas, ou de andar em volta de um altar sacrificial, um rito de peregrinação
quase universal.
A idéia básica é: Observar uma festa ou celebrar um dia de "santificação". Ordem de Deus
para Faraó. "Depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, o Deus
de Israel: deixa ir o meu povo, para que me celebre uma Festa no deserto." (Ex 5:1)
O Substantivo "Hag" designa as vocações Sagradas durante as quais são realizados os ritos
próprios de cada solenidade. Na Bíblia "todas as Festas" tem como origem um mandamento
de Adonai, mesmo quando suas raízes se encontram nos ciclos da natureza e das estações.
O Mandamento é usado para expressar autoridade Divina.
Todos esses dias estão baseados em Mandamentos específicos da Torah e será como
memorial; no hebraico é "Zikarôm".
"Este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por Festa ao Senhor; nas vossas gerações
o celebrareis por estatuto perpétuo."(Ex 12:14)
"Dize aos filhos de Israel: No sétimo mês, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, um
memorial com som de trombeta, santa convocação."(Lv 23:24)
Este é um termo técnico muito preciso mediante o que as pessoas tem em sua memória
avivada, trazendo a lembrança à essência do culto religioso para proveito do homem.
- A raiz da palavra memorial significa: Ferroar, espinhar, fazendo-nos lembrar o que foi dito.
Aquilo que espinhar, penetra ou estimula a mente e serve-nos de lembrete.
Exemplo: A Páscoa faz-nos lembrar como o Senhor poupou o seu povo, tirando-os das mãos
de Faraó. "Portanto, guardai isto por estatuto para vós e para os vossos filhos, para sempre.
Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, guardareis esta
cerimônia. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que cerimônia é esta? Respondereis:
Este é o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou por cima das casas dos filhos de Israel
no Egito, quando feriu os egípcio, e livrou as nossas casas. Então o povo se inclinou e
adorou." (Ex 12:24-27)
No Novo Testamento a palavra Memorial aparece por três vezes.
1º. A Mulher que ungiu a Yeshua com ungüento caro, preparando o seu corpo para
sepultamento. O Memorial servirá em favor dela (Cf Mt 26:13)
2º. Oração do justo Cornélio servirá de perene Memorial em favor dele. (Cf At 10:4)
3º. Todas as vezes que celebramos a "ceia" temos o propósito de relembrar, trazer a
memória à pessoa de Yeshua. (Cf Lc 22:19) (I Co 11:24-25)
As Memórias servem para destacar aquilo que é importante do comum. O Shabat é
relacionada no Decálogo como um memorial."Lembra-te do dia de sábado, para o santificar".
(Ex 20:8)
A primeira Festa citada no Código de Santidade é o "Shabat". "Disse o Senhor a Moisés:
Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão
santas convocações; são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o
sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do Senhor
em todas as vossas moradas." (Lv 23:1-3).
O Sábado vem à frente, como a primeira Festa, como que encabeçando, ou melhor,
convencendo o homem e persuadindo-o, a um objetivo único "Santidade". "... sem a
santificação ninguém verá o Senhor." (Hb 12:14b)
A guarda do Sábado é um dia de "Festa" onde devemos "honrar" esse dia que nos é dado
pelo Criador como um presente, uma dádiva dos céus. O "Shabat" significa no hebraico
descansar, cessar algo que se estava fazendo, repouso.
Em Êxodo 20:10 o mandamento associa a guarda do "Shabat" ao fato do próprio Deus ter
descansado no sétimo dia, depois de seis dias de trabalho. (Cf Gn 2:2-3)
O Sábado, portanto é um convite a reconhecer a "Soberania de Deus".
O Sábado é um sinal da Aliança de Deus com o homem. "Os filhos de Israel guardarão o
sábado, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua. Entre Mim e os filhos de
Israel será ele um sinal para sempre, pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra e ao
sétimo dia descansou e tomou alento." (Ex 31:16-17) (Cf Ez 20:12)
Após o "Shabat" haver terminado, a "havdalá" é dita. A palavra "havdalá" significa:
"separação". A cerimônia deve ser realizada para assinalar a divisão entre o "Shabat" (que é
santo) e o resto da semana que são dias comuns.
Podemos compreender bem, a profundidade desta cerimônia, e a necessidade que temos
como povo de Deus de colocá-la em prática; porque a cada semana que guardamos o
"Shabat", estamos profetizando que iremos separar com firmeza aquilo que é santo do
profano. O profeta Ezequiel, quando fala da "Restauração", ele deixa bem claro que a tarefa
dos sacerdotes e levitas é ensinar o povo à diferença, a divisar e identificar entre o Santo e o
profano.
"O meu povo ensinarão a distinguir entre o Santo e o profano, e o farão discernir entre o
impuro e o puro." (Ez 44:23)
Assim sendo, as celebrações bíblicas que estão prescritas na Torah são tão necessárias
para nós, que ao voltarmos a celebrá-las como fazia a Igreja primitiva, deve ser considerado
uma honra, um privilégio como também um grande benefício espiritual individual e coletivo
para o povo de Deus.
"... As minhas leis e os meus estatutos em todas as minhas festas fixas guardarão, e os
meus sábados santificarão." (Ez 44:24b)
Zacarias profetiza que as nações celebrarão as Festas. Então compreendemos que elas são
determinadas pelo Senhor não apenas para os judeus, como também para os gentios.
"Então todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de
ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e celebrar a Festa dos Tabernáculos.
Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos
Exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir, nem vier, cairá
sobre eles a praga, com que o Senhor ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa
dos Tabernáculos. Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não
subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos."(Zc 14:16-19)
O profeta Jeremias no capítulo quatorze e quinze compartilha da indignação de Adonai por
causa dos pecados do povo. O Senhor estava irado, principalmente com os líderes, pois não
ensinavam o seu povo separar o santo do profano. Porque o modelo de serviço dos líderes é
o interesse próprio. A Bíblia Sagrada classifica esse comportamento como aquele que busca
alguma coisa de valor para si mesmo, e não visa o bem estar da comunidade. (Cf Ez 34:2)
O ensino de Yeshua está em perfeita harmonia com a Torah e os profetas, cujo objetivo é
orientar e encaminhar o homem, a fim de que seu comportamento seja modificado; a alma
tratada. A principal coisa na Restauração da Fé Bíblica é a recuperação, o conserto, pondo
em bom estado as nossas almas.
Yeshua diz assim: "... Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo...". (Mt
16:26a)
"... renuncie-se a si mesmo...". É aquele que conseguir libertar-se do seu próprio "Eu" (ego);
pode então servir ao Senhor completamente. O ego é a personalidade do indivíduo, a alma
humana.
A segunda ordenança de Yeshua é: "... tome a sua cruz e siga-me." (Mt 16:24b)
Para entendermos melhor a citação do Senhor a respeito da "cruz", vejamos o contexto
histórico da época. Quando Yeshua era criança, tinha acabado de voltar do exílio no Egito
com seus pais, que haviam fugido do furor assassino de Herodes, (Cf Mt 2:13-16) havia
explodido a revolta de Judas o Galileu; todo o grupo de pessoas unidas a ele contra as
determinações de Roma (ano 6 d.C) foram impiedosamente reprimidos pelo governo
romano, e a cruz foi o instrumento de tortura usado para que dois mil homens fossem
crucificados. Você encontra no livro de Atos dos apóstolos Gamaliel se referindo a Judas o
Galileu. (Cf At 5:37)
Não devemos nos esquecer que a "cruz" é ferramenta de tortura dos romanos e de outros
povos produzindo violência física. A ocupação militar romana executava seus condenados à
morte com uma lei de escravo. Assim fizeram com nosso rabino Yeshua HaMashiach.
Hoje, Roma e outras nações pagãs, não usam a cruz física para submeter seus oponentes à
morte. Porém, lança um dardo espiritual inflamado tão poderoso, que é capaz de aprisionar
os homens a eles mesmos e aos seus ídolos.
A conseqüência é o cativeiro do ser humano às suas doutrinas filosóficas pagãs, ao
misticismo, vivendo num mundo imaginário. Tudo isso produz intenso sofrimento moral,
muita angústia que pode gerar a morte. Esta é uma forma sutil, porém, violenta de submeter
às pessoas a tortura.
O profeta Jeremias recebeu do Senhor uma amarga responsabilidade: retornar com o povo
de Deus para a sua Palavra, principalmente para a Torah.
"Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei, e me servirás...". (Jr 15:19a)
Para que isto acontecesse, seria necessário um processo de refinamento (ato de separar
uma substância dos elementos que lhe são estranhos, purificar) através do juízo de Adonai
(cativeiro babilônico) a fim de separar a escória do verdadeiro e precioso metal, como a prata
e o ouro. "... se apartares o precioso do vil, serás o meu porta-voz..." (Jr 15:19b)
Se, obedecermos ao Senhor e confessarmos os nossos pecados, principalmente a nossa
infidelidade, como reconheceu Esdras e Neemias, os líderes do período da Restauração; (Cf
Ed 9:1-15) (Ne 9:1-38) com certeza o Eterno nos ouvirá e ficaremos livres dos juízos do
Senhor.
Porque Deus insiste tanto na celebração das Festas?
Primeiro: Porque as celebrações Bíblicas nos restituem o nosso Direito de Unidade da nossa
Fé com Israel, acertando assim a nossa situação jurídica que estava pendente, pois, a Lei
(Torah) prescreve: "... as Festas do Senhor, que proclamareis como santas convocações são
estas." (Lv 23:2)
Se deixarmos de cumprir a ordenança do Eterno, a nossa situação relativa ao direito fica
como que pendurada, pendente, mais inclinada para a queda que qualquer outra coisa. Se
obedecermos ao que está prescrito, entramos em acordo com as normas da Torah e então
ganhamos a estima, a regeneração moral perante Israel, nossos verdadeiros pais espirituais,
podendo assim cumprir em nossa vida as palavras do profeta Malaquias.
"Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe, para todo o Israel,
os estatutos e juízos. Vede, Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e
terrível do Senhor. Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos
pais, para que Eu não venha e fira a terra com maldição." (Ml 4:4-6)
A devolução do nosso Direito de Unidade da nossa Fé com Israel é um bem muito precioso
que teremos de volta, que retornará às mãos da Igreja de Yeshua.
Vejamos no livro de Bereshit (Gênesis) para tentarmos entender com base bíblica o que
estamos afirmando.
"Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou,
então uma das suas costelas, e fechou a carne em seu lugar. Então da costela que o Senhor
Deus tomou do homem, formou a mulher, e a trouxe ao homem." (Gn 2:21-22)
Os Rabinos ensinam que o fato de a mulher ter sido tirada do corpo do homem explica o
desejo que "Ele" possui de estar unido a ela. Então podemos afirmar que a unidade entre os
dois foi celebrada e determinada pelo Eterno desde a criação da mulher. O apóstolo Paulo
escrevendo aos Efésios ele diz assim: "Afinal de contas, nunca ninguém odiou a sua própria
carne, antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à Igreja; pois somos membros
do seu corpo. Por isso deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e
serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Yeshua e a Igreja."
(Ef 5:29-32)
O Mistério que o apóstolo está se referindo, consiste na Restauração da unidade entre Israel
e a Igreja, antes, uma revelação oculta, mas agora descoberta e declarada.
E porque a mulher foi tirada de uma costela, de um osso? Para chamar a nossa atenção em
relação quanto a nossa Vocação Sacerdotal, nosso chamado espiritual. Nosso chamado
está limitado a um corpo e no interior dele.
"Disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, carne da minha carne; ela será
chamada mulher, pois do homem foi tomada." (Gn 2:23)
Tradução Original: "... Esta aqui, esta vez, é osso dos meus ossos, carne da minha carne e
esta será chamada mulher, pois do homem foi tomada." Esta no hebraico é "zôt" é
empregado três vezes neste versículo para marcar a alegria do homem quando ele recebe
sua mulher. Ele a acolhe com uma tríplice benção: "... Esta aqui, esta vez é osso dos meus
ossos... esta será chamada mulher".
O corpo é sustentado pelo arcabouço (esqueleto) os ossos. Assim, podemos afirmar que nos
"ossos" está a estrutura da Igreja; e que o seu chamado é limitado a um corpo e no interior
dele. Quando o Rei Davi consolidou o Reino e o poder sobre todo o Israel, ele unificou o
reino, reunindo-o como um só corpo. (Atenção: O Reino de Davi simboliza o reino de
Yeshua, firme, forte, sólido e durável; e Ele fará convergir todos para um só fim). Os anciões
de Israel, representantes das tribos, vieram a Davi que estava em Hebrom, porque
reconheceram a sua autoridade sobre toda a nação. A Bíblia diz que uma multidão juntou-se
ao grupo e assim ocorreu uma grande assembléia, com numerosos representantes vindos
de todo o país, a fim de dar posse a rei. "Dia a dia vinha Davi para o ajudar, até que se fez
um grande exército, como o exército do céu. Ora estes são os números dos chefes armados
para a peleja, que vieram a Davi em Hebrom, para transferir a ele o reino de Saul, conforme
a Palavra do Senhor." (I Cr 12:22-23)
A aliança foi selada com os mesmos termos usados pelo homem para marcar a sua alegria
quando ele recebeu a sua mulher.
"Todo o Israel se ajuntou a Davi em Hebrom, e disse: Somos teus ossos e tua carne."
(II Sm 5:1) (Cf I Cr 11:1)
Cremos irmãos, que Adonai não aceitará, outro termo de compromisso para selar a unidade
entre Israel e Igreja a não ser o que já foi estabelecido na sua palavra. "... Esta aqui, esta
vez, é osso dos meus ossos, carne da minha carne e esta será chamada mulher, pois do
homem foi tomada." (Gn 2:23)
Cabe a nós clamarmos ao Eterno por misericórdia, sabedoria, discernimento, coragem para
declararmos com as nossas atitudes a unidade da nossa Fé com Israel.
Segundo – Porque as celebrações bíblicas contêm elementos espirituais muito ricos que
tratarão o nosso ser.
Terceiro – As celebrações nos ajudarão a preservar em nossa memória aquilo que Deus
aprova.
Então, precisamos ser bem criteriosos, comedidos, sinceros, cheios de discernimento nas
celebrações, pois elas não se resumem no "Shabat". Se ficarmos apenas no Shabat, temos
uma meia verdade, e uma meia verdade não é verdade.
O Calendário Bíblico Religioso dá início do mês de Nissân (março e abril) ele marca o
começo dos meses religiosos.
"Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês será para vós o primeiro mês,
o primeiro mês do ano." (Ex 12:1-2) (Cf Lv 23:5)
Dotado de dois calendários especiais o povo de Deus possui o Ano Religioso e o Ano Civil.
O ano civil dá início no mês de "Tishri" (setembro e outubro). Esse é também o ano judaico.
Entre os dias festivos principais chamados "Os Grandes Dias Santos" se encontram "Rosh
Hashaná" (Ano Novo) e "Hag Zikaron Teruah" (Festa das Trombetas) (Cf Lv 23:24) o "Yom
Kippur" (O dia do Perdão) no hebraico são chamados: "Yomim Noraim" (Dias de Temor).
As três Festas que são denominados "Festa da Peregrinação" em hebraico, são chamados
"Shalosh Regalim" (As três Peregrinações): "Sucot" (Tabernáculos), "Pessach" (Páscoa) e
"Shavuot" (Pentecostes). Porque os judeus em obediência a Torah faziam uma
peregrinação, de todas as partes de Israel, até o templo em Jerusalém.
"Três vezes no ano me celebrareis Festa. A Festa dos pães asmos guardarás, sete dias
comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado, no mês de Nissân, pois nele
saíste do Egito, ninguém apareça de mãos vazias perante Mim. Guardará a Festa da sega
dos primeiros frutos do teu trabalho quando tiveres recolhido do campo os frutos do teu
trabalho. Três vezes no ano, todos os homens aparecerão diante do Senhor Deus."
(Ex 23:14-17) (Cf Dt 16:16-17)
"Rosh Hashaná"e "Hag Zikaron Teruah"
"Rosh Hashaná" é o Ano Novo Judaico. O primeiro dia é conhecido como "Rosh Hashaná"
que quer dizer em hebraico "Cabeça do Ano". Trata-se de uma festividade alegre, mas ao
mesmo tempo, solene, celebrada durante dois dias; junto com a Festa das Trombetas em
hebraico "Hag Zikaron Teruah". "Dize aos filhos de Israel: No sétimo mês, ao primeiro do
mês, tereis descanso solene, um memorial com som de trombeta, santa convocação." (Lv
23:24) (Cf Nm 29:1)
O termo "Zikaron Teruah" significa o som (alarme) das Trombetas.
1º. O Som do Shofar, nós temos a obrigação de tocar e ouvir. Maimônides diz que: o Som do
Shofar é um chamamento à nossa consciência, cujo objetivo é despertar-nos, dando-nos um
impulso inspirador para nos dedicarmos a Torah.
2º. O Som do Shofar nos liberta do engano dos sentidos ou do espírito que faz tornar a
aparência em realidade; as quais nós nos perdemos enganados pelo inimigo e levados pelos
nossos próprios instintos, que juntos trabalham para encobrir-nos a verdade (Torah).
3º. O Som do Shofar confunde Satanás que tenta nos subjugar e nos derrotar, quando nós
nos despertamos para a verdade e para o serviço de Deus.
4º. O Shofar é um instrumento de convocação dos pecadores ao arrependimento.
5º. O Som do Shofar anuncia a vinda do Senhor. (Cf I Co 15:52) (I Ts 4:16-17)
6º. O Som do Shofar anunciará os juízos de Deus. (Cf Ap 8:7, 8, 10, 12)) (Ap 9: 1,13) (Ap
9:11-15)
Bênçãos do Shofar:
"Baruch ata Adonai Eloheinu Melech Haolam, Asher Kedshanu Bemitzvotav vertzvanu
lishmoa Kol Shofar. B’Shem Yeshua HaMashiach.
"Abençoado é você Senhor nosso Deus, criador do universo, que nos torna sagrados com
suas bênçãos e conclama-nos a ouvir o som do Shofar. Em nome de Yeshua HaMashiach.
"Baruch ata Adonai Eloheinu Melech Haolam, Shehecheyanu Vekinanu V’Higuianu Lazman
Hazé. B’Shem Yeshua HaMashiach.
"Abençoado é você Senhor nosso Deus, criador do universo, por nos dar a vida, sustentarnos
e permitir-nos alcançar este momento. Em nome de Yeshua HaMashiach.
A partir do primeiro dia do mês de "Ellul" um mês antes de "Rosh Hashaná" são recitados
orações pelos judeus "sefaradin" com uma preparação para o "Grande dia do juízo Divino";
pois, esse dia abre o julgamento decisivo e temeroso dos dez dias que se seguem até "Yom
Kippur".
Em "Rosh Hashaná" o Eterno se coloca em seu trono de juízo onde todas as criaturas
passam ante d’Ele como um rebanho de ovelhas. O julgamento vai determinar não somente
o nosso destino material, durante o Ano que inicia, como também a avaliação espiritual de
cada um segundo os frutos produzidos. "Todo ramo em Mim que não dá fruto Ele corta, e
todo ramo que produz fruto Ele o poda, para que produza mais fruto ainda."( Jo 15:2)
Mas a decisão que o Eterno toma a nosso respeito nesse dia, não é selada até o dia de
"Yom Kippur". Então compreendemos que ela pode ser mudada para melhor no decorrer dos
dez dias intermediários. Esses são dias de exame da alma e arrependimento, o que em
hebraico significa literalmente "mudar". Então a ênfase recai não só em sentir-se culpado
pelo que tenha feito ou deixado de fazer, mas também "decidir mudar" o estilo de vida
anterior que se vinha seguindo e agir de modo diferente no novo ano que inicia. Em "Rosh
Hashaná" Deus apresenta-se a nós como rei e isso nos compromete aceitar sua vontade
expressa na Torah.
O serviço de "Rosh Hashaná" é seguido em casa por um "Kidush" (cálice com vinho) e uma
Festa. A "Chalá" (pão) não é servido em forma de trança como o resto do ano, mas redonda
simbolizando o ano que apenas começou. É costume comer o pão mergulhado no mel, a fim
de indicar a "Esperança" de que o ano vindouro seja bastante doce. Usam também Maçãs
com Mel. Algumas famílias tradicionais comem a cabeça de peixe nesta noite, pois, a
palavra "Rosh" significa na verdade a cabeça do Ano.
"Yom Kippur"
Depois do juízo Divino que teve lugar em "Rosh Hashaná", fixando o destino de cada um
para todo o Ano Novo que se segue, um prazo nos é outorgado até o grande e temeroso dia
de "Yom Kippur" que sela o juízo.
Esse período de "Dez dias", entre "Rosh Hashaná" e "Yom Kippur" é designado como os
"Dez Dias" de "teshuvá". Período durante o qual temos que fazer um exame de consciência e
passar em revista nossas ações e nossa conduta, procurando ver se elas estão em
harmonia com a Vontade do Eterno, expressa em sua palavra. Devemos procurar reparar
nossas faltas e buscar a purificação de nossas almas. Assim realizamos uma "teshuvá"
completa.
De acordo com a "Midrash". "O Senhor é a minha luz..." em "Rosh Hashaná". E em "Yom
Kippur" "... é a minha salvação..." (Sl 27:1)
"Yom Kippur" é chamado em inglês "Day of Atonement" (Dia da Expiação) e em português
(Dia do Perdão). "Isto vos será por estatuto perpétuo; No sétimo mês, aos dez do mês,
afligireis as vossas almas, e nenhuma obra fareis. Nem o natural, nem o estrangeiro que
peregrina entre vós". (Lv 16:29) (Cf Lv 23:27) (Cf Nm 29:7)
Ambas as denominações Dia da Expiação e Dia do Perdão estão corretas, embora as
palavras expiação e perdão não signifiquem a mesma coisa.
A palavra "Kippur" contém ambos os sentidos: expiação e perdão. Expiação significa:
remissão dos pecados. "Porque nesse dia far-se-á expiação por vós, para serdes
purificados. Diante do Senhor sereis purificados de todos os vossos pecados." (Lv 16:30)
O significado literal: "... far-se-á expiação por vós..." no contexto da Torah é que enquanto o
templo existiu o "Cohen Gadol" (Sumo Sacerdote) fazia expiação por Israel inteiro nesse dia,
como representante do povo Judaico. Não se deve pensar que durante o serviço do templo o
Sumo Sacerdote concedeu obsolvição. As palavras "... sereis purificados perante o
Senhor..." indicam que ele apenas oficiava como o representante do povo. O perdão provém
somente de Deus.
O profeta Isaías anuncia aquele que faria expiação por nós perante o Eterno. (Cf Is 53:4-11)
O apóstolo João anuncia-o como o Cordeiro de Deus que fará expiação pelos nossos
pecados. "... Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." (Jo 1:29b)
Assim, por meio d’Ele os homens têm acesso a Deus, reconciliando tanto judeus quanto
gentios. "E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, matando com ela a
inimizade. E, vindo, Ele evangelizou a paz a vós que estáveis longes, e aos que estavam
pertos. Pois por Ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo espírito".(Ef 2:16-18)
As palavras "estatuto perpétuo". "Será sábado de descanso para vós, e afligireis as vossas
almas; é estatuto perpétuo." (Lv 15:31) (Cf Lv 16:29) (Lv 23:31)
Mostra-nos claramente que a expiação continuará a ser feita por nós. Fazemo-la através do
jejum, da oração e da confissão dos nossos pecados tanto individuais como comunitários.
Devemos fazê-la como uma "Mitsvot" em obediência ao calendário Bíblico, como está
determinado pelo Senhor em sua Torah.
"No dia dez deste sétimo mês será o dia da expiação. Tereis santa convocação, afligireis as
vossas almas, e oferecereis oferta queimada ao Senhor." (Lv 23:27)
A oração de Davi suplicando ao Eterno que purifique o seu ser. (Cf Sl 51:2) (I Jo 1:7-8)
A visão judaica é bem clara quando ensina que em "Yom Kippur" só são perdoados os
pecados cometidos pelo homem contra Deus. O pecado contra Deus é pecado deliberado
(decidido, proposital, premeditado). A Bíblia deixa bem clara a diferença entre o pecado por
ignorância (Cf Nm 15:25-28) e o pecado deliberado. Nós devemos saber discernir entre os
dois casos. "Mas a pessoa que fizer uma coisa deliberadamente quer seja dos naturais, quer
dos estrangeiros, injúria ao Senhor; tal pessoa será eliminada do meio do seu povo. Porque
desprezou a palavra do Senhor, e anulou o seu mandamento, totalmente será eliminada
essa pessoa, e a sua iniqüidade será sobre ela". (Nm 15:30-31)
Exemplo: Pecados dos filhos de Elí. (Cf I Sm 2:25)
Pecado Saul. (Cf I Sm 13:8-14) (I Sm 15:1-26)
"... Rejeitaste a palavra do Senhor e Ele te rejeitou...". (I Sm 15:26b)
Os pecados cometidos pelo homem contra os seus semelhantes, não serão perdoados por
Deus, até que tenha sido perdoado pela pessoa contra quem foi cometido.
As palavras: "... é um sábado solene para vós...". (Lv 16:31) mostra-nos que todas as leis
que se aplicam ao "Shabat" com referência ao trabalho aplicam-se também ao "Yom Kippur",
e que devemos flagelar nossas almas pelo jejum. O propósito do jejum nesse dia não é por
sinal de luto como acontece com "Tisha B’Av". (9º dia de Av); mas sim o purificar de nossos
pensamentos e buscar a graça e a misericórdia do Eterno em nosso favor.
No encerramento do dia de "Yom Kippur", pronunciamos o:
"Shemá Israel, Adonai Eloheinu, Adonai Echad"
(Ouve, ó Israel, O Eterno é nosso Deus, o Eterno é único)
Três vezes se repete:
"Baruch Shem Kvod Malchutei Leolam Vaed"
(Bendito seja o nome daquele cujo glorioso nome é Eterno)
Por sete vezes seguidas se pronuncia a profissão de Fé:
"Adonai Hu HaElohim"
(Só o Eterno é Deus)
Faz-se então o toque do Shofar, que é pronuncio a "Redenção Final" ao acompanhamento
da proclamação de:
"Leshaná Habá B’Yerushalaím"
(No ano vindouro em Jerusalem
Escrito por Ministerio Adorar / Apostolo Patrik Lima
Postado por : Comunidade Apostolica Terra de Vitorias / Apostolo Marcio de Almeida...


Submissão: Um Princípio Divino
Escrito por Ministério Apostólico Terra de Vitorias / Apostolo César Mattos
23/01/2012.
Introdução

Estudar sobre Autoridade Espiritual pode parecer a alguns que se trata de um tema seco, mas a essência da própria espiritualidade está na relação certa de obediência a Deus. O Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua autoridade. Isto é básico e coloca tudo como Deus quer. Louvar, orar, jejuar ou fazer qualquer coisa sem submissão não tem valor para Deus. É mecânico e sem vida.
I. Princípio Divino
Deus é autoridade em si mesmo, e tudo que no mundo (cosmos) existe é sustentado pela palavra do poder de sua autoridade (Hb 1.3). Nada sobrepuja a autoridade de Deus no universo. Logo, é indispensável, para todo aquele que deseja cooperar com o Senhor, conhecer a autoridade de Deus. Entrar em contado com a autoridade do Senhor é o mesmo que entrar em sintonia direta com Deus. "A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que Obedeça".
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." 1Sm 15.22-23
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o próprio Deus. No Reino de Deus está implícita a Dependência. Dependência a tudo que o Senhor determina, isto é, sendo-lhe completamente submisso. Jesus prega o Evangelho do Reino porque conhece o problema principal do homem: a sua independência para com Deus. Na independência está implícita a Rebeldia. E o evangelho do reino ataca a causa, levando o homem à dependência do Senhor e, conseqüentemente, a torná-lo salvo e regenerado. O evangelho do reino é a única maneira de recuperar um rebelde.
II. Princípio Satânico
"O arcanjo transformou-se em Satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus, competir com Deus, e assim se tornou um adversário de Deus. Foi a rebeldia que provocou a queda de Satanás" (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). A intenção de Satanás de estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor. O princípio de rebelião é passado a todos os homens depois da queda de Adão. Este princípio o Senhor abomina: é como feitiçaria.
Sempre que alguém peca contra a autoridade de Deus, peca diretamente contra o Senhor. Não podemos permitir espaço para rebeldia em nossas vidas. Temos que vivê-las em completa santidade, assim como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia, como vive, para agradar ao Pai e em tudo lhe ser submisso.
III. Autoridade Delegada: Rm 13.1
O princípio de autoridade delegada é que rege todas as relações do homem com o homem, bem como do homem para com Deus. Todas as coisas estão debaixo deste princípio, nada está solto. Este é um princípio de ordem e paz, nunca de confusão. Deus assim criou todas as coisas , mas ao rebelar-se, Lúcifer gerou a confusão. E, pior, está levando todos os homens a viverem debaixo do princípio de rebelião.
Como funciona o princípio de autoridade delegada? Na Trindade temos que o Pai é igual ao Filho, que é igual ao Espírito Santo. Na essência os três são iguais. Todavia, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são diferentes nas funções.
O Pai enviou o Filho (Jo 4.34).
O Filho veio (Jo 16.28).
O Filho foi obediente ao Pai (Jo 8.29).
O Filho enviou o Espírito Santo (Jo 15,26;14.26).
O Espírito Santo veio (At 2.16-17).
O Espírito Santo é obediente ao Filho (Jo 16.12-15).
A Trindade é a fonte de toda a verdade. Este princípio divino é encontrado em todas as relações estabelecidas por Deus. Temos que numa família o pai é igual â mãe, que é igual aos filhos. O ocorre que na família, o pai é o cabeça e a mãe a ajudadora. Eles são iguais, têm o mesmo valor para o Senhor, mas têm funções diferentes.
Há uma tendência de se pensar que se submeter é ser inferior. Jesus nunca foi inferior ou menor que o Pai pelo simples fato de lhe ser submisso. Pelo contrário, Jesus Cristo tem o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9). Temos que entender que entre iguais há uma relação de autoridade e submissão. Isto faz parte da ordem divina. As autoridades delegadas estão em todas as áreas de nossas vidas. Um discípulo do Senhor deve, onde estiver, procurar saber quem é a autoridade delegada para a ela se submeter.
A. Deus Delega Autoridades em Todas as Áreas da Vida:
* Civil: Rm 13.1-3.
* Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
* Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
* Igreja: 1Co 12.28
Todo discípulo do Senhor, onde estiver, procura saber quem é a autoridade, para a ela se submeter. Não há espaço para o "super-espiritual".
B. O Problema do Super-Espiritual:
Quem é este ? É aquele que aparenta espiritualidade, mas esconde uma grande rebelião e que traz muito dano ao corpo de Cristo. O super-espiritual costuma dizer: "Eu só obedeço a Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!" Isto é loucura. Toda vez que se diz "Deus, quero te obedecer", o Senhor responde bem claro e preciso: "Ótimo! Então, obedeça ao teu marido, teu pai, teu chefe, teu pastor!" Aí aparece o super-espiritual declarando: "Não, eu só obedeço ao Senhor, a ninguém mais. Só obedeço o que tu me falares pessoalmente!" E, o Pai, responde com toda firmeza: "Mas o meu desejo é que me obedeças através deles". Regularmente escutamos esta outra resposta: "Você não sabe quem é o meu marido, pai, chefe". Ou ainda: "Meu marido é um alcoólatra, meu pai é incrédulo…"
É inadmissível declarar obediência a Deus e não às autoridades por Ele delegadas. Sempre que obedecemos às autoridades delegadas estamos submissos a Deus, estamos agradando ao Pai. Obedecer somente quando se concorda não é espírito de submissão. É rebeldia e independência. Importa que, concordando ou não com a ordem, a obedeçamos de coração. É assim que se age perante Deus.
Enquanto não reconhecemos as autoridades delegadas sobre nós, não chegaremos à maturidade nem ao alvo. Precisamos de guias que nos levem pelas mãos, para que não fiquemos no caminho, sem atingirmos o alvo: "...jazem nas estradas de todos os caminhos, como o antílope na rede" (Is 51.17-20). Os homens esperam que a igreja apareça e os tome pelas mãos, guiando-os, levando-os pelo caminho em que devem andar.
IV. Submissão, um Princípio de Deus
A. O que é Submissão?
Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada. É exteriorizar um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós.
Quando é que aprendemos o que é a submissão? Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o que tenho, nego a mim mesmo , tomo a cruz e sigo ao Senhor. Sigo submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8). Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).
Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso. Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete aos autoridades, é porque estão cheios de si mesmos. Quem está cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
B. Os Frutos da Sujeição.
Quando o homem vive no princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de benefícios desejados por todos os homens, a saber:
1. paz, ordem e harmonia no corpo de Cristo;
2. edificação e formação de vidas;
3. unidade e saúde na igreja;
4. cobertura e proteção espiritual.
V. Autoridades Delegadas na Igreja.
A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo. Não existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é de Deus. O que existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas autoridades delegadas.
É impossível edificar a alguém que não se submete à autoridade. Não há nada mais frustrante do que apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente.
A. Quem são as Autoridades Delegadas na Igreja?
1. Cristo : Ef 1.20-22.
2. Palavra : Mt 7.24; Jo 15.10; Cl 3.16-17. Ninguém pode dizer que é submisso a Cristo e sua igreja se não obedece à palavra do Senhor.
3. Apóstolos : At 2.42; 20.17; 2Ts 3.4,6,10,12; 2Co 11.34; 16.1; Tt 1.5. Os apóstolos determinavam a doutrina e usavam amplamente a autoridade que Deus lhes havia outorgado. A igreja continua necessitando desse ministério. Continua precisando que os apóstolos ordenem tudo, estabeleçam o reino de Deus com clareza e firmeza.
4. Pastores : Ef 4.11, 1Tm 5.17. Estes, como os apóstolos, profetas e evangelistas, são ministérios específicos de governo e têm a responsabilidade de manterem o ensino, a visão, a doutrina sempre firmemente claros, cuidando para que não percam sua consistência, e fiquem fofos.
5. Paterna : Ef 5.22-24; 6.1-3; 1Co 11.3. O homem é o cabeça, autoridade delegada por Deus no seu lar, isto porque o Senhor assim o constitui para o desenvolvimento harmônico da família. O homem não deve ser "ditador" nem tão pouco um "frouxo". Ele deve ordenar, governar sua casa dentro dos princípios divinos, com amor. O cabeça deve sempre procurar escutar o ponto de vista de sua esposa. E a mulher deve deixar com o marido a responsabilidade da decisão. A mulher e os filhos precisam da proteção e da autoridade do esposo e pai em todas as áreas de suas vidas. É assim que Deus determinou, mesmo que ele, marido ou pai, seja incrédulo.
6. Guias : 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por "juntas" ou "ligamentos", no corpo de Cristo (1Co 12.12-13). São estes que nos unem ao corpo, nos presidem e nos fazem conhecer as ordens do cabeça, nos ensinam e nos conduzem, guiando-nos no caminho do Senhor , sem necessariamente serem pastores. Isto faz um corpo coeso e firme.
7. Uns Aos Outros : Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a igreja de uma hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a palavra do Senhor, aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.
B. Estar Sob Autoridade Realça a Personalidade
Ser submisso não aniquila, nem castra a personalidade de ninguém. Pelo contrário, realça a vida de qualquer um. Cristo foi o tempo todo submisso, humilde, sempre servindo. E o que ocorreu com Ele? Jesus Cristo recebeu o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9).
"As palavras que vos digo não vos digo por mim mesmo" (Jo 14.10). Os escribas eram "papagaios", mas Jesus tinha autoridade porque estava sob a autoridade do Pai (Mc 1.22). A autoridade que tinha para perdoar os pecados vinha da submissão ao Pai (Mc 2.10). A autoridade dinâmica que Jesus teve extrapolou as tradições. Teve coragem para isto, porque estava sempre sob a autoridade do Pai (ex.: os cambistas no templo, Jo 2.13-16).
Deus quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, por isso nos coloca a todos sob o seu princípio de Autoridade e Submissão. Aleluia!
VI. Qual é o Propósito da Autoridade na Igreja?
Para cumprir a grande comissão: "Ide, fazei discípulos…" (Mt 28.19-20). A autoridade está para ensinar, educar na justiça, instar, aconselhar, ordenar, corrigir, consolar, repreender, disciplinar, animar e abençoar (2Tm 2.2; 3.14-17; 4.1-4; Tt 2.11-15; 3.8-11).
VII. Ser Autoridade Delegada Por Deus
Somente aquele que está sob autoridade na igreja poderá receber autoridade. Não é possível ser autoridade e ser independente. O exemplo é o que respalda a autoridade.
No mundo, "os governadores dos povos os dominam" e "os maiorais exercem autoridades sobre eles" (Mt 20.25). Além do mais, são sempre servidos. No Reino de Deus, paradoxalmente, é bem diferente: a autoridade é para servir: "quem quiser ser grande entre vós. será o que vos sirva" (Mt 20.26-27). A motivação da autoridade deve ser sempre o serviço. Não podemos usar a autoridade que recebemos em benefício próprio.
VIII. Conclusão
O princípio da autoridade deve ser respeitado e vivido quotidianamente, pois é um princípio de Deus que, praticado, é uma bênção. Abandonado, não respeitado, poderá redundar em maldição. Davi, submisso à autoridade de Deus, foi, por Ele, considerado o homem segundo o seu coração. Foi uma bênção.
"Todo homem esteja sujeito ás autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas." Rm 13.1
                                                                 " E que Deus abençõe a todos. "